Com sua vasta experiência no futebol europeu, Carlo Ancelotti assume o comando da Seleção Brasileira a partir de 26 de maio de 2025. Reconhecido por sua flexibilidade tática e capacidade de adaptar esquemas às características dos jogadores, Ancelotti traz uma abordagem estratégica que promete influenciar o estilo da equipe nacional nos próximos anos.
Filosofia de jogo: simplicidade com inteligência
Ao longo de sua carreira, Ancelotti demonstrou preferência por um futebol objetivo, mas com espaço para a criatividade individual. Ele valoriza o equilíbrio entre os setores e costuma montar equipes que jogam com fluidez e inteligência posicional. Diferente de treinadores que impõem um único modelo tático, Ancelotti costuma moldar o sistema às peças que tem em mãos.
Na Seleção, deve adotar essa mesma postura, dando liberdade a jogadores como Vinícius Júnior e Neymar para explorarem seu talento, ao mesmo tempo em que exige disciplina tática do meio e da defesa.
Sistemas táticos preferidos
Ancelotti usou diferentes formações com sucesso ao longo da carreira, sempre de acordo com o perfil dos elencos que comandou. As mais recorrentes são:
4-4-2
É o esquema que ele próprio já declarou ser seu favorito, por proporcionar equilíbrio defensivo e permitir variações rápidas no ataque. Pode ser uma das formações mais utilizadas na Seleção, especialmente em jogos mais duros.
4-3-3 e 4-2-3-1
São sistemas que Ancelotti aplicou com frequência no Real Madrid e no PSG, valorizando a posse de bola, a ocupação dos espaços e a intensidade nas transições. No Brasil, pode usá-los para explorar a velocidade de pontas como Rodrygo e Vinícius.
4-3-2-1 (a “árvore de Natal”)
Usado com destaque no Milan, esse esquema prioriza a compactação no meio-campo e o controle do jogo com meias articuladores. Pode ser útil contra seleções que oferecem poucos espaços.
Variações e leitura de jogo
Uma das principais virtudes de Ancelotti é sua capacidade de ler o jogo e fazer ajustes durante a partida. Ele pode alternar entre linhas de marcação mais altas ou baixas, conforme a necessidade, e não hesita em mudar o sistema se percebe alguma vulnerabilidade.
Exemplo recente foi sua utilização de Vinícius Júnior em posições mais centrais no Real Madrid, para aproveitar sua finalização e capacidade de ruptura. Espera-se que ele explore ao máximo essas variações na Seleção.
Gestão de grupo
Além do aspecto tático, Ancelotti é conhecido por sua excelente gestão de vestiário. Ele costuma manter o ambiente calmo e confiante, algo fundamental em um grupo de estrelas como o da Seleção Brasileira. Sua abordagem mais tranquila contrasta com estilos mais enérgicos e tende a gerar respeito e adesão dos atletas.
Expectativas para a Seleção
A chegada de Ancelotti representa uma aposta em experiência, leitura de jogo e capacidade de adaptação. Com um grupo talentoso e competitivo à disposição, espera-se uma Seleção Brasileira mais versátil, estratégica e equilibrada. Se conseguir aplicar sua filosofia com sucesso, o torcedor brasileiro pode esperar uma equipe forte na disputa da Copa do Mundo de 2026.
Fontes: