A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, protocolou na terça-feira, 20 de maio de 2025, um pedido de arquivamento do inquérito policial que investiga a suposta manipulação de apostas esportivas pelo jogador. O documento foi encaminhado à 7ª Vara Criminal do Distrito Federal e aguarda análise do Ministério Público.
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal em abril com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata de fraudes em competições esportivas, e também por estelionato. A investigação aponta que o atleta teria forçado a aplicação de um cartão amarelo durante uma partida contra o Santos, em novembro de 2023, beneficiando apostadores próximos.
Os advogados do jogador argumentam que não houve intenção de manipular o resultado da partida e que a conduta atribuída a Bruno Henrique não se enquadra nos crimes mencionados. A defesa destaca que a prática de receber um cartão amarelo de forma deliberada, como estratégia para evitar desfalques em jogos futuros, é comum no futebol e não configura infração penal.
Além disso, os representantes legais do atleta citam o princípio da insignificância para desqualificar a acusação de estelionato, já que os ganhos obtidos pelos apostadores envolvidos somam cerca de R$ 15 mil, valor considerado irrelevante frente ao patrimônio das casas de apostas.
O pedido de arquivamento também menciona conclusões da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado Federal, que indicam que condutas semelhantes não configuram crime.
O caso segue em análise pelo Ministério Público, que decidirá sobre o prosseguimento ou não da ação.
Com informações do ge.globo.com.