O Botafogo anunciou, em 22 de maio de 2025, a desistência na contratação do volante Wendel, que atuava pelo Zenit, da Rússia. O clube alegou “questões geopolíticas” como motivo para o rompimento do acordo firmado em janeiro do mesmo ano.
Apesar da justificativa oficial, o Botafogo havia realizado outras transações com o Zenit no início da temporada, como a venda de Luiz Henrique por 33 milhões de euros e a compra de Artur por 10 milhões de euros. A negociação por Wendel estava avaliada em 20 milhões de euros.
O clube afirmou não ter conhecimento de que o Zenit estava na lista de empresas russas sancionadas pelo governo dos Estados Unidos devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. No entanto, casos semelhantes já haviam ocorrido, como o do Vasco, que teve uma transferência cancelada pelo mesmo motivo.
Além das questões geopolíticas, a situação financeira da Eagle Football, grupo que administra o Botafogo e outros clubes, como o Lyon, influenciou na decisão. O Lyon enfrenta dificuldades financeiras e precisa apresentar garantias de 100 milhões de euros ao DNCG, órgão de controle financeiro do futebol francês, até o final da temporada.
A Eagle Football Club, uma das empresas do grupo, registrou um prejuízo líquido de 117 milhões de euros nos primeiros resultados da temporada 2024/25, valor superior aos 66,6 milhões de euros do mesmo período da temporada anterior.
Internamente, alguns diretores da Eagle Football questionaram o investimento de 20 milhões de euros em um jogador de 27 anos, como Wendel, considerando o baixo potencial de retorno financeiro em uma futura venda. A decisão final sobre a contratação cabia a John Textor, proprietário do grupo.
Wendel, por sua vez, afirmou ter sido “surpreendido” com a quebra do contrato e que acreditava no projeto apresentado pelo Botafogo.
Com informações do ge.globo.com.