O Palmeiras optou por não assinar o manifesto divulgado por clubes das ligas LFU (Liga Forte União) e Libra, que exige alterações no estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a criação de uma liga independente para organizar o Campeonato Brasileiro. A decisão foi tomada em meio ao processo eleitoral que deve levar Samir Xaud à presidência da CBF.
O manifesto, divulgado na última segunda-feira, lista oito reivindicações, incluindo:
Alteração do processo eleitoral, especialmente no que se refere ao peso dos votos; Obrigatoriedade da participação dos clubes em todas as Assembleias Gerais da CBF; Compromisso de criação da liga e reconhecimento de que as propriedades comerciais das Séries A e B pertencem aos clubes; Alteração das regras de governança, dando efetivamente poder executivo à Comissão Nacional de Clubes; Profissionalização da arbitragem, garantindo dedicação exclusiva dos árbitros das Séries A e B, e investimento em treinamento permanente; Aprovação do calendário do ciclo 2026-2030 em conjunto com a CBF; Fomento e apoio financeiro especialmente direcionado às Séries B, C e D, assim como ao futebol feminino; Estabelecimento de regras de Fair Play Financeiro.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, é uma das apoiadoras da candidatura de Samir Xaud, que deve ser aclamado presidente da CBF no próximo domingo. O clube entende que o momento não é adequado para cobranças, mas sim para oferecer tranquilidade e união ao possível novo presidente.
Samir Xaud obteve apoio de 10 dos 40 clubes que formam o colégio eleitoral da CBF (Séries A e B), mas conseguiu a maioria das federações: 25 de 27. As eleições na CBF dão peso maior às federações, tanto na inscrição de chapas quanto na contagem de votos. Para concorrer, é necessário o apoio de pelo menos oito entidades estaduais e cinco clubes. No pleito, times da Série A têm peso 2, as equipes da Série B têm peso 1, e as federações têm peso triplicado na votação.