O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, protocolou nesta sexta-feira (16) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as eleições marcadas para o dia 25 de maio. Essas eleições foram convocadas por Fernando Sarney, nomeado interventor da entidade após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
Na petição, Ednaldo argumenta que a realização do pleito antes do julgamento do STF, agendado para 28 de maio, pode acarretar sanções severas ao futebol brasileiro. Ele destaca que a FIFA e a CONMEBOL não reconhecem dirigentes nomeados judicialmente em substituição à diretoria eleita pela Assembleia Geral, o que poderia resultar na exclusão do Brasil de competições internacionais.
Além disso, Ednaldo questiona a nomeação de Fernando Sarney como interventor, alegando que, conforme o estatuto da CBF, o vice-presidente mais idoso deveria assumir a presidência em caso de vacância. Nesse contexto, Hélio Menezes seria o indicado para o cargo.
O afastamento de Ednaldo foi determinado pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do TJ-RJ, que considerou nulo o acordo que permitiu sua permanência na presidência até 2030. A decisão baseou-se na alegação de possível falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, ex-presidente da CBF, e em sua incapacidade mental desde 2018.
A situação atual remete a dezembro de 2023, quando Ednaldo foi afastado pela primeira vez, mas retornou ao cargo em janeiro de 2024 após decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF. Na ocasião, Mendes argumentou que a manutenção de uma diretoria não reconhecida pela FIFA poderia acarretar punições ao futebol brasileiro.
Com o novo pedido ao STF, Ednaldo busca evitar que as eleições ocorram antes da decisão judicial definitiva sobre sua permanência na presidência da CBF. A expectativa é que o Supremo se pronuncie nos próximos dias, dada a proximidade do pleito marcado pelo interventor.
Fonte: GE