A Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acolheu duas denúncias formais e abriu investigações contra o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues. As apurações dizem respeito a possíveis irregularidades na eleição que o levou ao cargo e a denúncias de assédio no ambiente de trabalho.
A primeira investigação tem como base uma denúncia feita pela deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ), que questiona a legitimidade da assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, em um acordo que sustentou a eleição de Ednaldo. Laudos periciais juntados ao processo sugerem que a assinatura pode ter sido falsificada. Além disso, um laudo médico aponta que Nunes estaria com limitações cognitivas no momento em que o documento foi supostamente assinado.
A segunda denúncia foi protocolada pelo vereador carioca Marcos Dias (Podemos), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Segundo relatos de funcionários da CBF, haveria um ambiente de trabalho tóxico dentro da entidade, com práticas de assédio moral e sexual, perseguições, humilhações públicas e até uso de câmeras ocultas para vigilância.
A denúncia ainda menciona o descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2021, no qual a CBF se comprometeu a combater tais práticas no ambiente corporativo.
Os processos serão conduzidos pela Comissão de Ética da entidade, e podem resultar, entre outras consequências, na inabilitação de Ednaldo Rodrigues para continuar no cargo.
As denúncias chegam em um momento sensível para a CBF, justamente no dia em que foi anunciado oficialmente que Carlo Ancelotti assumirá a Seleção Brasileira após o fim da temporada europeia.
Fonte: Lei em Campo